O poder da cultura e da economia criativa para gerar impacto.
Em um mundo cada vez mais hiperconectado e marcado pelo avanço acelerado da tecnologia, o HackTown 2025 mostrou como cultura, criatividade e inovação estão profundamente entrelaçadas. Nesse contexto, a economia criativa desponta como um dos pilares desse novo cenário, onde a tecnologia não atua apenas como suporte, mas como meio expressivo e transformador.
Uma grande plataforma de encontro entre empresas, artistas, empreendedores, pesquisadores e desenvolvedores, que debatem e cocriam novas formas de conexão entre ideias, narrativas e soluções que moldam o modo como vivemos e nos relacionamos.
A cultura, então, deixa de ser vista apenas como entretenimento e assume papel estratégico na construção de futuros possíveis. Ao unir mentes criativas e tecnologia de ponta, o HackTown gera experiências que transcendem o digital — capazes de inspirar comportamentos, transformar negócios e influenciar a sociedade como um todo.
Foi nessa atmosfera que Fernanda Fontes (Ginga), no painel “Como Conectar Marcas Sem Parecer Falso”, destacou o papel da autenticidade, lembrando que só marcas com propósito real — como Patagonia, Boticário e Hering — conseguem criar vínculos verdadeiros.
E, em meio a uma cultura acelerada e viral, surgem também outras vozes e estéticas que escapam ao algoritmo: coletivos periféricos e a gastronomia se afirmam como formas de expressão profunda, revelando que a economia criativa não é apenas mercado, mas movimento vivo, plural e diverso.
Coffee Beats no Mercado Municipal agitou o HackTown com música e cafés especiais
Durante o HackTown 2025, o Coffee Beats foi um dos momentos mais saborosos e animados no Mercado Municipal de Santa Rita do Sapucaí. Unindo discotecagem com música brasileira, cafés fresquinhos e uma vibe descontraída, o evento ofereceu uma experiência sensorial completa para quem passou por lá.
A mistura perfeita de boa música, aroma de café e encontros inspiradores fez do Coffee Beats um ponto de parada obrigatório no festival.
Na Casa MFM – Mercado Futuro da Música, dedicada a explorar os caminhos do setor musical, artistas, pesquisadores e profissionais se reuniram para debater tendências, tecnologias e novos modelos de negócio.
O espaço traduziu, na prática, a força da economia criativa: um campo onde a música não é apenas arte, mas também vetor de inovação, impacto social e desenvolvimento econômico.
Foi nesse ambiente que Karina Yamamoto destacou o papel da inteligência artificial como aliada criativa, apontando riscos e oportunidades e mostrando como as ferramentas digitais podem expandir a capacidade artística sem diluir sua essência humana. Assim, a Casa MFM não foi apenas um palco de discussões, mas um laboratório vivo do HackTown, onde cultura, tecnologia e criatividade se cruzaram para repensar o futuro da música e reafirmar o poder transformador da economia criativa.
Um encontro de experiências musicais e artísticas cheias de inovação
O HackTown 2025 contou também com o Festival MultiExperiências: um encontro de sons, ideias e vivências que transformaram a cidade em palco. O festival trouxe o Palco Beco, o Palco MultiExperiência (em frente ao Alcidão) e o Palco Música na Calçada. Muita arte, música e inovação se encontrando em cada esquina.
Palco Understream by Marã Music: um verdadeiro festival no coração do HackTown
Outra atração no HackTown foi o Palco Understream por Marã Music com atrações diversas, incluindo Xis convida Chico Chico, Zimbra, Dow Raiz, AL9, Macaco Bongo, entre outros shows. Tudo aberto ao público.
A Claro Música trouxe para a Casa Conectada by Claro, James Feeler, fundador, CEO e produtor de áudio da Jamute, um estúdio com uma equipe incrível responsável por mais de 70 Cannes Lions.
Na palestra, James mostrou como a inteligência artificial já impacta o mundo da música e lançou provocações como: “Quando o músico vira curador de prompt, ele ainda é um músico?” Ele trouxe exemplos de bandas criadas inteiramente por IA, como The Velvet Sundown, a artistas que tocam ao vivo com IA em projetos experimentais. A grande questão é: será que tudo se resume a códigos binários ou ainda sobra espaço para a alma?
No fim, James falou menos sobre tecnologia e mais sobre a revolução cultural que a IA representa porque ela pode sim acelerar processos e ampliar horizontes, mas a música de verdade continua nascendo daquilo que nos torna únicos: alma, emoção e conexão.
Curtiu? Conheça também a playlist do Claro música, criada com exclusividade para o HackTown 2025.
A cultura pop fez nascer os fandoms: uma poderosa força econômica no universo dos games.
Um dos painéis mais hypados da Casa Conectada by Claro foi sobre games, ou melhor, sobre os fanáticos por eles: os fandoms. Essa galera já virou uma força econômica poderosa, que nasceu da cultura pop e hoje movimenta mais de US$ 20 bilhões só no mercado de games. No palco estavam João Paulo Sette (EiNerd Group), Christian Zaharic (01Digital) e Ronaldo Geraidine (Claro Gaming).
Eles falaram sobre as oportunidades e desafios do mercado brasileiro, tanto para desenvolvedores quanto para investidores. Também destacaram o papel estratégico das tecnologias de IA e dos data centers no fortalecimento do ecossistema global de games, que, já faz um tempo, deixou cinema e música para trás em faturamento. E no fim das contas, tudo isso acontece movido pela paixão que os fãs têm em dar play em seus jogos preferidos.
Que tal saber como a inteligência artificial vai transformar o futuro dos jogos? Assista ao vídeo do podcast Mocking que recebeu Ronaldo Geraidine, João Paulo Sette e Christian Zaharic direto do HackTown 2025:
Micaela Neiva, Carol Daves e Daniel Morelo apontaram o potencial de cidades fora dos grandes centros, enquanto Flávio Proença
e Zim Hernandez alertaram para o uso superficial do termo “cultura” por marcas que ainda não entregam contrapartidas reais.
Dani Ribas e Geraldo Viana, no painel sobre o mercado musical ibero-americano, provocaram: o Brasil precisa superar barreiras linguísticas e culturais para se reconectar com a América Latina. No fim das contas, o recado é direto: sem autenticidade,
profundidade e escuta ativa, não há branding que se sustente no futuro da cultura.