A IA entra em campo e mexe com a sua cabeça, o mercado e a segurança dos negócios.
Nem todo mundo tá no modo “empolguei” quando o assunto é inteligência artificial. Tem uma galera preocupada com os impactos da IA sobre nossa capacidade de pensar. E a discussão é válida. Tanto que no HackTown 2025, entre futuros distópicos e ferramentas que prometem turbinar a produtividade, um tema ganhou força nas conversas: será que estamos entrando na era do sedentarismo cognitivo? O conceito apareceu em vários painéis, trazendo à tona a ideia de que estamos terceirizando demais o ato de pensar.
O consultor Klyns Bagatini alertou para o risco de “atrofia cerebral” e perda de vocabulário, mas trouxe um antídoto na forma de autoestima cognitiva, a valorização do sentimento de que ainda vale raciocinar com a própria cabeça. Já o físico e educador Manoel Belem mandou a real: “pensar virou um ato quase exótico, um artigo de luxo”. E Jesper Rhode, da Hyper Island, completou: “a IA amplia ideias, não substitui o cérebro. Use como trampolim, não como muleta”. Por fim, a cofundadora da White Rabitt, Vanessa Mathias, cravou uma daquelas de sacudir os neurônios: “a ultraconveniência da IA nos deixa preguiçosos”. E ainda apresentou uma estatística que mostra uma média de nove palavras para criar um prompt. É pouco, né? Mas, entre vozes pessimistas e o bloco da resistência criativa, ficou claro que manter o cérebro ativo pode e deve ser uma questão de escolha. Afinal, “penso, logo…”
Neil Redding, Simone Kliass e Jason Bermingham protagonizaram a Sessão Faroeste, chegando montados a cavalo no Centro Hípico para iniciar o painel “Riding Into a New Future“. Um formato fora do comum para falar sobre a simbiose homem-máquina, spatial computing, humanidade e filosofia, tudo em volta de uma fogueira de verdade.
Em uma resenha afiada sobre o embate segurança x deep web, especialistas da Claro, Fortinet e Cisco alertaram: a pergunta já não é se sua empresa será atacada, mas quando. Com o avanço da inteligência artificial generativa, inclusive nas mãos de criminosos, o uso de deepfakes e ataques altamente sofisticados já fazem parte do dia a dia digital, o que exige uma resposta à altura. A boa notícia? A GenAI também virou aliada na defesa, ajudando a rastrear bilhões de dados em segundos, bloquear acessos suspeitos e automatizar respostas com precisão. Mas nenhuma tecnologia opera sozinha: segurança de verdade acontece quando cultura, capacitação e inteligência coletiva entram no jogo junto com a máquina.
DJ imersivo em realidade mista leva experiência sonora e visual ao próximo nível no HackTown
Uma das experiências mais futuristas do HackTown 2025 foi o DJ imersivo em MR (realidade mista), que combinou música eletrônica ao vivo com tecnologia de ponta. Equipado com um Meta Quest 3, o DJ, treinado para operar pickups em ambiente de realidade mista, apresentou sets de até duas horas, transmitindo simultaneamente sua visão em primeira pessoa ou avatar no metaverso. O público vivenciou a performance tanto presencialmente quanto em ambientes digitais, graças à conexão do equipamento a um computador que fazia o streaming de áudio e vídeo. Com sets de house, EDM e outros estilos eletrônicos, a proposta ofereceu uma fusão inédita de som, imagem e imersão: redefinindo o conceito de pista de dança para a era do metaverso.
Stellantis e Fiat marcam presença com inovação e sustentabilidade sobre rodas
A Stellantis e sua marca Fiat participaram com destaque, apresentando o Fiat Pulse Bio-Hybrid como carro oficial do HackTown 2025. O modelo híbrido-flex nacional, que combina etanol e eletrificação, destacou-se como uma solução sustentável desenvolvida no Polo Stellantis de Betim. Além de transportar o público entre os espaços, a Fiat criou um ambiente interativo com experiências e um game inovador, fortalecendo a conexão com os participantes e mostrando como a criatividade pode transformar o futuro da mobilidade.
a revitalização do laboratório da Escola Técnica de Eletrônica
Mais do que apoiar o evento, a AWS deixou sua marca na educação da cidade ao reformar o laboratório da ETE, 1ª Escola Técnica de Eletrônica da América Latina, deixando de legado um espaço moderno para que novas ideias floresçam e talentos sejam desenvolvidos por muitos anos.
Com a visão de que a tecnologia conecta pessoas, transforma realidades e acelera o futuro, a AWS, as Comunidades de Tecnologia e parceiros como o Papo SysAdmin fortaleceram nossa missão de criar encontros que inspiram e experiências que deixam marcas duradouras.
Juntos, abrimos caminhos para que ideias ganhem vida e construímos pontes que continuarão unindo pessoas e oportunidades muito além do festival. 💜
E quem passou pelo HackTown 2025, com certeza viu também. O patinho amarelo da Casa Google Cloud foi o item mais disputado do festival. Estava nos bonés, mochilas, jaquetas, bolsas e, principalmente, circulando pelas ruas de Santa Rita do Sapucaí como um símbolo que marcou essa edição.
O mais interessante é que o simpático objeto não foi escolhido à toa. Ele tem tudo a ver com o mundo da programação e ficou famoso principalmente a partir do livro “O Programador Pragmático”, de Andrew Hunt e David Thomas.
A técnica é conhecida como “debug com o pato de borracha”. Funciona assim: quando um desenvolvedor trava diante de um problema, ele para tudo e tenta explicar o código em voz alta para o pato. E, voilá, a solução vai aparecer! É claro que isso não é um simples passe de mágica. Ao contar o problema em voz alta ao nosso “amigo imaginário”, a gente acaba revisitando o passo a passo de todo o projeto. Isso nos faz pensar com mais clareza, enxergar falhas que pareciam impossíveis de perceber e encontrar alternativas nas quais a gente ainda não tinha pensado antes. Se funciona ou não, só testando pra saber, né? Mas em tempos em que a IA parece oferecer respostas prontas pra tudo, por que não contar com um “amigo” pra ouvir a gente e nos ajudar a pensar melhor quando tá tudo travado na nossa cabeça?