Como aprender, desaprender e não surtar no meio da revolução.
Cultura organizacional é código e movimento
A cultura organizacional, como define Jozi Lambert, é um “código invisível” formado pelos hábitos, rituais e comportamentos do dia a dia dentro das empresas. Em sua palestra no HackTown, ela reforçou que mudar esse código não é uma questão de jogar tudo fora, mas sim ajustar a rota com consciência, escuta ativa e, principalmente, coragem.
Para ela, mudanças culturais não funcionam “no grito”. É preciso partir de dentro, com pesquisas sinceras e conversas abertas com quem vive a cultura na prática.
Caso contrário, as iniciativas correm o risco de parecerem bem-intencionadas, mas completamente fora de tom.
Jozi propõe um tripé simples e certeiro para conduzir essas transformações: Tolerância (deixar claro o que é aceitável e o que não é), Código (coerência entre discurso e prática) e Rituais (ações repetidas que sustentam o comportamento desejado).
Também alerta para a importância de saber quem influencia o clima do time: tem a “pessoa sol”, que ajuda a clarear o caminho, e a “pessoa tempestade”, que chega bagunçando o ambiente. Casos como os rebrands do Itaú e dos Postos Ipiranga mostram o poder da escuta real. Já as idas e vindas de marcas como Jaguar e HBO Max mostram o que acontece quando se ignora o contexto.
Fecomércio MG, Sesc e Senac marcaram presença com cultura, gastronomia e inovação
O Sistema Fecomércio MG, junto com o Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, promoveu experiências marcantes que uniram aprendizado, entretenimento, cultura e tecnologia. A programação incluiu projeções mapeadas pelas ruas com o artista VJ Suave, shows animados no Palco Fecomércio MG e vivências gastronômicas na unidade móvel de confeitaria e panificação do Senac. No Espaço do Conhecimento, participantes vivenciaram trocas intergeracionais, inovação e muita criatividade, destacando a força do setor no estímulo à educação, cultura e empreendedorismo.
HackEdu estreou com foco em inovação e futuro da educação
No HackTown 2025, a educação ganhou um espaço exclusivo com a estreia do HackEdu: uma trilha dedicada a discutir e experimentar o futuro do ensino. Durante o evento, educadores, estudantes e profissionais participaram de debates, oficinas e experiências imersivas que abordaram temas como edtechs, ESG, juventudes protagonistas, habilidades do futuro, arte e novas abordagens pedagógicas. Foram 8 trilhas de conteúdo pensadas para repensar o jeito de ensinar e aprender. O HackEdu também abriu espaço para que participantes apresentassem projetos, promovendo uma construção coletiva em torno de uma educação mais inovadora e transformadora.
Empreendedorismo feminino e lançamento da Lojinha da Nath marcam painel emocionante no HackTown
Na terceira edição do painel sobre empreendedorismo feminino no HackTown 2025, Nathalia Arcuri do canal Me Poupe conduziu uma conversa potente sobre a importância das soft skills em um mundo de rápidas mudanças, onde habilidades humanas ganham protagonismo. O encontro também marcou o lançamento da Lojinha da Nath, uma iniciativa social que transforma moda em instrumento de empoderamento. Com frases de impacto e propósito claro, a marca doa 100% do lucro para apoiar mulheres em situação de vulnerabilidade, por meio do Instituto Glória e do projeto Justiceiras. Produzidas no Brasil com responsabilidade social e ambiental, as peças são fruto de uma parceria com o Grupo Azzas. O momento, que aconteceu no coração do HackTown em Santa Rita do Sapucaí, emocionou a plateia e reforçou o poder do empreendedorismo com causa.
HackTownzinho ganha casa nova com experiências imersivas para crianças de todas as idades
Na edição de 2025, o HackTownzinho, espaço dedicado ao público infantil dentro do HackTown, ganhou uma nova casa, com ambientes especialmente pensados para proporcionar experiências imersivas e criativas para crianças de todas as idades. Cada sala da Casa HackTownzinho foi projetada para estimular a imaginação e permitir que as crianças explorem livremente, no próprio ritmo, diferentes atividades sensoriais e lúdicas. Do lado de fora, os workshops ofereciam experiências guiadas, complementando a proposta do festival: viver, testar e criar. Assim como no HackTown adulto, o HackTownzinho valorizou a liberdade de escolha, permitindo que cada criança construísse sua própria jornada de descobertas.
Piada também é business: Hélio de la Peña no HackTown 2025
Hélio de la Peña mostrou como o humor pode ser uma poderosa ferramenta de negócios. Com leveza e inteligência, ele conectou piadas, criatividade e empreendedorismo, provando que rir também é coisa séria.
CONFIRA OUTRAS PARCERIAS DO HACKTOWN 2025
Carreiras do futuro ou o futuro da sua carreira?
Spoiler: tudo começa (e passa) pela educação.
Em sua palestra, Camilo Barros, do Institute for Tomorrow, trouxe um dado que dá o que pensar: até 2025, 85 milhões de novos empregos devem surgir, mas metade das atividades que conhecemos hoje pode ser automatizada. Ou seja, requalificação é palavra de ordem, seja para aprender algo novo ou reaprender o que já parecia consolidado. Para ele, mais do que dominar tecnologia, o jogo será vencido por quem souber fazer perguntas, pensar de forma crítica e incluir mais gente na conversa (afinal, 16% da população brasileira ainda está offline). E para isso é preciso que as organizações invistam em aprendizado contínuo de suas equipes.

O diferencial não estará nas empresas que usam IA só para agilizar processos, mas naquelas que usam a tecnologia como ponte para gerar impacto real, empatia e inovação com propósito.
Na mesma linha, Benito Berretta, diretor da Hyper Island nas Américas, trouxe uma provocação certeira em sua apresentação: com a inteligência artificial ganhando terreno nas tarefas que antes eram “coisa de gente”, o que ainda nos torna únicos? Para ele, o segredo está na capacidade de colaborar de verdade, pensar criticamente e, acima de tudo, manter a humildade para desaprender. É o que ele chama de adaptabilidade radical. Não é só aquela mudança no discurso, mas no jeito de viver e trabalhar, errando mais (e melhor) no caminho.
Se antes falamos em aprender e reaprender, agora a missão é quase virar atleta olímpico do conhecimento. Upskilling e reskilling já não são tendência, vão virar praticamente o treino diário. Só que não basta dizer que “tá pago” porque você sabe mais, porque vai levar a melhor quem souber ouvir, compartilhar e transformar boas ideias em ações coletivas. Porque, no fim, como disse Benito: se você quer estar à frente, é melhor ser social do que genial.
Ecossistema Educacional e Inovador de Santa Rita do Sapucaí
Santa Rita do Sapucaí é conhecida como o “Vale da Eletrônica” graças a um sonho ousado iniciado por Sinhá Moreira, que acreditava que a educação poderia transformar gerações. Dessa visão nasceu a ETE, em 1959, e a partir dela floresceu um ecossistema educacional único no Brasil, que hoje reúne também o Inatel (1965) e a FAI (1971).
Durante o HackTown 2025, o festival não apenas utilizou esses núcleos como palcos de experiências, mas também celebrou sua história e futuro. Esse legado foi simbolizado pela pintura realizada ao vivo por um artista em homenagem a Sinhá Moreira, eternizando sua contribuição visionária.
O tributo foi registrado pelo HackTown nas redes sociais.
ETE – Escola Técnica de Eletrônica “Francisco Moreira da Costa”
Durante o HackTown 2025, a ETE reafirma seu papel como celeiro de talentos, abrindo suas portas para atividades, exposições e experiências que conectam o ensino às demandas reais da indústria criativa e tecnológica.
Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações
O Inatel é um dos grandes protagonistas do ecossistema de inovação, reunindo tecnologia, pesquisa e empreendedorismo. No HackTown 2025, o instituto consolidou seu papel como epicentro de experiências e conhecimento aplicado, além de sediar trilhas temáticas que conectam educação, mercado e sociedade.
FAI – Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação
A FAI contribui para o festival ao integrar práticas de gestão, empreendedorismo e educação aplicada, com foco em transformar conhecimento em impacto social e econômico. Durante o HackTown 2025, a instituição reforça sua missão em formar profissionais preparados para os desafios do século XXI.